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O FIM dos CEOs?

O mundo dos negócios vem sofrendo uma mudança drástica nos últimos tempos. Segundo o CEO Report, mais de 500 diretores executivos pediram demissão no primeiro trimestre de 2022. Nomes como Kevin Johnson, da Starbucks, Dan Springer, da DocuSing e Ben Silbermann, da Pinterest renunciaram aos seus cargos por se sentirem esgotados pelas pressões externas causadas por guerras, pandemia, desaceleração econômica, entre outros. 

No Brasil, cortes de investimento profundos em razão do cenário macroeconômico jogou as startups em uma tempestade perfeita de riscos e preocupações. Uma análise da plataforma Distrito apontou que a queda nas captações em 2022 representa menos da metade dos valores registrados no mesmo período do ano passado. 

A falta desses recursos joga mais lenha na fogueira de problemas enfrentados pelas diretorias, impactando diretamente nas equipes. Segundo pesquisa da Layoff Brasil, dez startups foram responsáveis por desligar cerca de 2 mil pessoas somente no primeiro semestre deste ano. Só a Loggi demitiu recentemente 15% do seu quadro, trocando inclusive seu CEO. 

Segundo os diretores executivos que ainda resistem, a priorização da saúde mental nas empresas e o investimento no treinamento de novos líderes são as estratégias mais importantes para evitar que eles também joguem a toalha. Com o Brasil acelerando na construção de novos negócios e consequentemente de futuros CEOs, é fundamental contar com o apoio de quem pode ajudar a reduzir a pressão causada por tantas incertezas.

Iniciativas como a da empresária Camila Vieira, fundadora do Movimento EVA e Mulheres Experience, são fundamentais no processo de criação de líderes capazes de resistir ao esgotamento mental causado pelo atual momento. Suas ações já ajudaram mais de 500 mil mulheres a conciliar e equilibrar a vida profissional com a pessoal, dando base para o crescimento e amadurecimento dessas empresárias.

Segundo o Financial Times, durante o pós-pandemia, CEOs por todo mundo buscaram aconselhamento profissional para lidarem com os problemas dos últimos anos. Só em 2019 a indústria de coaching chegou a movimentar US$ 2,8 bilhões, ou seja, 21% a mais do que o identificado quatro anos atrás. Do total deste mercado, 6,7% vem diretamente da América Latina e do Caribe, no qual está incluído o Brasil. 

O foco dos profissionais é estimular a autoconsciência e a responsabilidade dos indivíduos, aprimorando soft skills e reações específicas para a construção de um líder AAA, além de ajudarem no gerenciamento dos casos de burnout, síndrome que não para de crescer no país: Foram 35% dos homens afetados só em 2021 e 42% das mulheres.

Com o Brasil crescendo no número de novos empresários, contar com mentores experientes se tornou um investimento positivo para prevenção de situações de risco. Relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), revelou que empreender é o 3º maior sonho dos brasileiros, ficando atrás somente da vontade de ter uma casa própria e viajar pelo país, ao todo, já chegamos a 52 milhões de pessoas com o próprio negócio em um grupo que não para de crescer. Isso significa que, caso não sejam bem preparados, esses futuros CEOs poderão entrar na estatística dos que sucumbiram ao desgaste.

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